Hoje apetece-me, por
isso a história começa com: Era uma vez…Era uma vez uma idiota que se tinha apaixonado por um palerma, a princípio a idiota não sabia que o palerma era palerma por isso para ela, ele era um príncipe, encantado, daqueles que vem de cavalo e lutam por entre os dragões para alcançar quem amam e vivia feliz da vida assim, na ignorância. Realmente o pior cego é o que não quer ver e ela não queria, toda a gente avisava que se calhar a porcaria do principezinho que ela via não era real, se calhar, se calhar não, na verdade mesmo, aquele principezinho de um raio era um verdadeiro sapo nojento que tanto lhe dizia nos olhos que a amava só a ela como dizia a outras, que tanto prometia que nada nem ninguém se iria atravessar pelo meio como era o primeiro a fazer com que a idiota sentisse ciúme de tudo e todas, que tanto a fazia feliz como no minuto a seguir a fazia chorar, que obrigava a porra da idiota a lutar todos os dias pela felicidade dos dois juntos, mas há um dia em que se aprende de vez. A idiota aprendeu e passou de idiota a menina. Simplesmente a menina porque a partir do momento que se apercebeu de tudo o que lhe acontecera com o palerma decidiu fazê-lo sentir na pele tudo aquilo que ela passara. Fez com que ele sentisse o ciúme, a dor da rejeição, a dor de ser segunda opção, a dor de querer e não ter, acabando por fazer com que a menina e o idiota se zangassem mesmo, mas na verdade ela amava-o, o problema é que lutar pela felicidade de dois seres juntos obriga a que os dois seres lutem pelo mesmo, em sintonia, em simultâneo e isso nunca acontecera, foi então que a menina passou a rainha. Quando começamos a separar de nós o que não nos faz feliz, o que nos magoa, o que amamos sozinhos, quando começamos a separar os palermas do nosso centro de controlo encontrámos um lugar feliz, onde nós comandámos e acabámos por ser mais que princesas, acabámos por ser rainhas, e ai o que é necessário fazer é deixar que lá dentro entrem para completar e não para controlar.